Antônio Pereira Cangalha do Siridó
@Arysson Soares
No Siridó Véi uma das maiores fazendas de Serra Negra foi sem dúvidas nenhuma a de Antônio Pereira Monteiro, conhecido por Antônio Pereira Cangalha, por conta das penas tortas.
Andando por esse sertão todo precisa-se conhecer bem as fazendas que pertenceram ao grande fazendeiro: Dinamarca e Jerusalém. Com o desmembramento de São João do Sabugi, Jerusalém passou para aquele município. Só na fazenda Dinamarca, nasciam dois mil e quinhentos bezerros por ano. Na seca de 1898, pastavam naquela fazenda dez mil cabeças de gado bovino.
Antônio Pereira era rapaz velho ( solteirão), mas vivia junto com uma de sua escrava , e a tratava como se fosse sua legítima esposa.
Pery Lamartine certo mim relatou:
Um dos negócios do véi era comprar boiadas no Piauí. Lá noivou com a filha de um fazendeiro menos rico do que ele. Num dia chuvoso, estavam laçando uma boiada e como erravam muito, Antônio Pereira, que era um exímio laçado, retirou as botas, meteu-se dentro do curral e não errou uma só vez. A moça, que estava presenciando tudo, chamou o pai e disse que não casaria com aquele sertanejo seboso. O dono da fazenda se viu obrigado a fazer a declaração ao Capitão, da atitude que a filha havia tomado, alegando o motivo.
- Está bem Senhor, eu ia casar com ela não era por essa pequena fazenda. Querem ver ouro e gado, vão à minha em Serra Negra no Rio Grande do Norte. Encerrou assim o seu noivado no Piauí.
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