O POUCO & O DA PRECISÃO NO SERTÃO
@Arysson Soares
Fomos criados no Siridó de nós ouvindo a cantiga de grilo e ao mesmo tempo tentando decifrar o viver do nosso povo em tom da verdade. Quando no princípio tudo era muito difícil Thomáz de Araújo nosso 9° avoengo aqui fincava mourões de aroeira em sustentação a vivenda de taipa, parte de pedra ou lá adiante de tijolo, currais grandes mais bons. Na cozinha era o básico, o trivial o recomendado, nada faltava mais tudo era regulado como dizia mamãe. Nada de estruiçao, de destruição ou de perdas, todos viviam-se bem na medida do viver. Aqui vez por outra o tostão sobrado porém fruto do economizado era guardado em baús em esmero cuidado. Nada mais justo do que a precisão e o recado. Ninguém vivia de luxo, nem tão pouco de vaidades, aqui tudo era bom mais o bom mesmo era o tostãozinho da necessidade. Certa vez uma senhora já de idade bem avançada disse:
O aposento de dois se consume um e o outro era guardado...
Enfim, no sertão as cousas sempre fluíram na naturalidade, agora o bom de verdade era o viver em paz e sem maiores cuidados. O que se tinha se tinha não precisava de desnecessidade, vivia-se bem de verdade.
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