Nativa do Brasil, grama dos estádios da Copa do Mundo do Catar é resistente ao sol e regada com água do mar
O ditado popular “a grama do vizinho é sempre mais verde” não se aplica quando envolve os estádios da Copa do Mundo do Catar, que começa no próximo domingo (20), com a partida entre a seleção local e o Equador. Isso porque os oito gramados que vão receber os jogadores de futebol de todas as partes do mundo são compostos pela grama platinum, uma variedade da Paspalum vaginatum, nativa do Brasil. A escolha pela variedade tem relação direta com as condições climáticas do país do Oriente Médio, onde chove pouco (ou quase nada) e o calor é intenso. A grama platinum presente nos oito estádios é resistente a seca, convive bem com a baixa umidade, o calor elevado e o pisoteio, além da tolerância a salinidade. Isso faz com que seja indicada para regiões litorâneas, permitindo até mesmo a irrigação com água do mar, o que ocorre no Catar. Por lá, após o processo de tratamento que dissolve os sais, a água do mar não afeta o desenvolvimento da relva, garantindo que a bola role perfeitamente nos 63 jogos do torneio mundial, até a decisão no dia 18 de dezembro.
No Brasil, a produção de grama não fica restrita aos estádios de futebol. A relva está presente, em abundância, nos meios rural e urbano, como parques, praças, jardins, quintais, chácaras, fazendas e outra infinidade de espaços. Para abastecer esse mercado, segundo a Associação Nacional Grama Legal, o Brasil conta com 324 produtores registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que plantam em torno de 25 mil hectares.
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Fonte: Tribuna do Paraná
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