Produtores rurais são treinados para expansão da cultura do caju no Sertão paraibano
As prefeituras municipais serão parceiras neste projeto.
Capacitação
Durante dois dias, na semana passada, foram ministrados cursos de capacitação para técnicos e agricultores familiares interessados no cultivo de caju no Perímetro Irrigado das Várzeas de Sousa.
As práticas foram ministradas pelos pesquisadores Pedro Paulo Bezerra da Silva e Ivonete Berto Menino, com o acompanhamento do diretor de Pesquisa Agropecuária, AdervalMonteiro Valença Dias.
O programa contemplará os agricultores familiares com a distribuição de mudas de caju, cultivar BRS-226, de alta produtividade, que tem maior resistência à seca, a algumas pragas e doenças de maior incidência no cajueiro.
Na primeira etapa do programa, serão disponibilizados para a região do Sertão um total de 210.312 mudas para o plantio em módulos rurais de até dois hectares, atendendo famílias agricultoras, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas, mulheres e jovens rurais, entre outros, em quantitativo de 20 famílias por municípios.A cajucultura é uma das atividades de grande valor econômico e social para o Nordeste.
Sua importância social é caracterizada pela geração de emprego e renda para a população rural durante a estação da seca.
Do caju tudo se aproveita: o suco, o bagaço, a castanha, a casca da árvore, as folhas, as flores e a madeira. Do suco, prepara-se um refresco ou o fermentado vinho de caju.
Outras regiões também têm demonstrado interesse em participar do Programa de Recuperação, Expansão e Fortalecimento da Cajucultura na Paraíba, a exemplo de Itaporanga e Pombal, onde produtores rurais discutem a recuperação e ampliação desta cultura, porque vislumbram uma melhoria da renda familiar, tendo em vista o mercado cada vez mais crescente.Durante a abertura da fase de treinamentos dos técnicos e produtores rurais, o secretário executivo da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido, Bivar Duda, destaca a força econômica do cajueiro, porque se trata de uma cultura que tem um mercado promissor, sendo muito importante para a geração de renda, mesmo porque em período de seca, cria oportunidades de trabalho.
Consorciação
Segundo a pesquisadora Ivonete Menino, a produção de caju permite a consorciação com outras culturas na mesma área, sem prejudicar a produtividade, seguindo a orientação técnica.
Com esse sistema de produção, o produtor rural terá melhor aproveitamento do solo, manutenção e melhoramento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, além de diminuir a incidência de doenças, pragas e ervas daninhas.
Outra vantagem é a redução de solo por erosão e aumento da renda do produtor.Na agricultura familiar, geralmente são usados em consórcio no cajueiral, as culturas de mandioca, milho, feijão, amendoim, batata-doce, maracujá, abacaxi, urucum e gergelim.
Recomenda-se que o consórcio com o cajueiro anão seja realizado até o terceiro ano após o plantio.
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Fonte: Helen Lima
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